05/02/2012

A corregedoria do Detro informou que vai investigar denúncias de corrupção de fiscais durante operações de trânsito em Niterói. De acordo com as informações protocoladas no órgão na semana passada, topiqueiros que atuam na linha irregular entre Itaipu e Itaipuaçu, em Maricá, estariam sendo obrigados a pagar R$ 1 mil para continuar trabalhando.

O presidente do Sindicato dos Proprietários de Vans do Estado do Rio de Janeiro (Sinprov), Marcelo Cerqueira, autor da denúncia, relata que os 12 motoristas que trabalham no local tentam a legalização da linha há oito anos. A entidade já pediu a intervenção ao Ministério Público.

— Nós não somos bandidos e queremos trabalhar de forma correta. Transportamos 1.100 passageiros por dia, e eles dependem de nós para transitar, já que a outra forma de condução é mais demorada e cara. O poder público fecha os olhos e alimenta a corrupção — disse.

O Detro informou que se as denúncias forem confirmadas, tomará as providências cabíveis. Os nomes dos fiscais envolvidos não foram divulgados pelo órgão. O órgão afirma também que não há previsão de abertura de novas licitações, encerradas em 2009, para transporte alternativo e que realiza operações constantes em Niterói para coibir a irregularidade. De janeiro ao início de novembro do ano passado, fiscais haviam recolhido 108 vans irregulares na cidade.